terça-feira, 15 de abril de 2008




"NO DIA QUE O ÚLTIMO PEIXE FOR MORTO, O ÚLTIMO ANIMAL FOR ABATIDO E A ÚLTIMA ÁRVORE FOR CORTADA, O HOMEM SABERÁ QUE DINHEIRO NÃO SE COME"
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Ao longo da história o processo de desenvolvimento adotado pelo homem vem devastando de forma arrasadora o meio ambiente. Desde a Revolução Industrial, o homem vem cada vez mais intensificando o adensamento, principalmente nas cidades, o que tem acarretado, no decorrer dos anos, um processo de destruição da biota, pois toda atividade humana gera impactos ambientais. Um dos problemas do mundo contemporâneo está na quantidade de impactos provocados pela busca contínua do lucro a qualquer preço e na impossibilidade da natureza de repor os insumos necessários à produção capitalista. As conseqüências do rápido crescimento da população mundial no século passado e a sua concentração em grandes zonas já são evidentes em várias partes do mundo.
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Problemas como a escassez e a falta de água, aumento na geração de resíduos sólidos, consumo e contaminação das águas, desmatamento, extinção de espécies pela caça predatória, emissão de gases no ar, alto consumo de energia e alimentos, ruído excessivo, poluição visual, verticalização das cidades gera grandes prejuízos de ordem social, econômica e ambiental, causando conseqüências desastrosas e prejuízos irreparáveis ao meio ambiente e, conseqüentemente, para o bem estar de todos os indivíduos. A concentração populacional gera demandas específicas, como o abastecimento de água, o controle da poluição e da ocupação de áreas de risco, a implantação de saneamento básico e a destinação dos resíduos sólidos.
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É necessário que a humanidade crie uma consciência ecológica, pois desta forma será notada a profundidade e a vastidão extraordinárias que os problemas ambientais denotam. Deve-se confrontar, ao mesmo tempo, o problema da vida no planeta Terra, o problema da sociedade moderna e o problema do destino do Homem. Somente dessa forma, a humanidade será obrigada a repor em questão a própria orientação da civilização. No terceiro milênio, é preciso compreender que revolucionar, desenvolver, inventar, sobreviver, viver, morrer, anda tudo inseparavelmente ligado. A construção do padrão de desenvolvimento a que o mundo aspira deve estar norteada pela noção de crescimento econômico que não perca de vista a preocupação com o equilíbrio ambiental e com a justiça social.
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SEJAMOS MAIS CONSCIENTES! PRESERVEMOS O NOSSO MEIO AMBIENTE!

domingo, 6 de abril de 2008


Coragem
(Carlos André Tavares Ramos)
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Diz uma antiga lenda que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e tranformou-o num gato. Mas aí ele ficou com medo do cão... Por isso o mágico transformou numa pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu e transformou-o em camundongo novamente e disse:- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo e sim a capacidade de avançar apesar do medo. Caminhar para frente, enfrentar adversidades vencendo os medos... É isso que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.

sexta-feira, 4 de abril de 2008



O LUGAR DO HOMEM NA NATUREZA (Retirado do Livro dos Insultos)
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A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o balaio das ilusões perdidas. O fato é que a vida do homem, quanto mais estudada à luz da biologia geral, parece cada vez mais vazia de significado. O que, no passado, deu a impressão de ser a principal preocupação e obra-prima dos deuses, a espécie humana começa agora a apresentar o aspecto de um subproduto acidental das maquinações vastas, inescrutáveis e provavelmente sem sentido desses mesmos deuses.O único efeito prático da se ter uma alma é o que ela infla o homem com vaidades antropomórficas e antropocêntricas – em suma, com superstições arrogantes e presunçosas. Ele se empertiga e se empluma só porque tem alma – e subestima o fato de que ela não funciona. Assim, ele é o supremo palhaço da criação, o reductio ad absurdum da natureza animada. Não passa de uma vaca que acredita dar um pulo à Lua e organiza toda a sua vida sobre esta teoria. É como um sapo que se gaba de combater contra leões, voar sobre o Matterhorn ou atravessar o Helesponto. No entanto, é esta pobre besta que somos obrigados a venerar como uma pedra preciosa na testa do cosmos. É o verme que somos convidados a defender como o favorito de Deus na Terra, com todos os seus milhões de quadrúpedes muito mais bravos, nobres e decentes – seus soberbos leões, seus ágeis e galantes leopardos, seus imperiais elefantes, seus fiéis cães, seus corajosos ratos. O homem é o inseto a que nos imploram, depois de infinitos problemas, trabalho e despesas, a reproduzir.
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P.S. O texto não é meu e a minha opinião não foi expressa. Meu papel aqui é, dentro da neutralidade aparente, criar um ambiente onde os visitantes possam exercitar seus sensos críticos. Só quero criar polêmica.

terça-feira, 1 de abril de 2008


De todas as características que são vulgares na natureza humana a inveja é a mais desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode fazer impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua inveja. Em vez de sentir prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm. Se puder, priva os outros das suas vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si próprio. Se uma tal paixão toma proporções desmedidas, torna-se fatal a todo o mérito e mesmo ao exercício do talento mais excepcional.
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Por que é que o médico deve ir ver os seus doentes de automóvel quando o operário vai para o seu trabalho a pé? Por que é que o investigador científico pode passar os dias num quarto aquecido, quando os outros têm de expor-se à inclemência dos elementos? Por que é que um homem que possui algum talento raro de grande importância para o mundo deve ser dispensado do penoso trabalho doméstico? Para tais perguntas a inveja não encontra resposta.
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Afortunadamente, porém, há na natureza humana um sentimento compensador, chamado admiração. Todos os que desejm aumentar a felicidade humana devem procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja.
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Palavras de Bertrand Russell, in "A Conquista da Felicidade"