sexta-feira, 21 de novembro de 2008


Seguindo meu caminho, vou indo. Indo aonde... Não sei. Apenas sei que estou no caminho certo. Cansaço, estafa, tristeza, alegria, disposição, apetite. Alguns dos sentimentos opostos que a mim me fazem seguir em frente. O verdadeiro conselho está dentro de nós. E este interior é medida correta do crescer, do ser, do aprender, do saber. É crescendo que se sobre, é sendo que se vive, é aprendendo que se pode, é sabendo que se cresce e é crescendo que se sobe. Coisas novas sempre hão de nos aportar a outras das quais não sabemos o que são. São conseqüências do viver. Enfim ...

domingo, 9 de novembro de 2008

CRÔNICAS BRASILEIRAS

A criança que não sorria
.
O desembargador Antonio Carlos Malheiros utilizou boa parte do seu tempo, durante o Seminário Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, para motivar os militantes presentes. Falou do trabalho de conscientização dos jovens “e arrogantes” juízes em São Paulo, de sua história na Comissão de Justiça e Paz (decisiva no combate à ditadura), e contou um pouco do seu trabalho como voluntário em hospitais paulistas, quando invoca um lado palhaço para contar histórias às crianças.
.
Num desses dias, ficou sabendo de um caso de um menino com o rosto desfigurado. Uma criança “sem rosto”, como definiu. O pai do menino assassinara sua mãe e tocara fogo no barraco. As seqüelas estão sendo combatidas no Pavilhão dos Queimados do Hospital Emílio Ribas.
.
Era uma véspera de Natal e Malheiros decidiu fazer o que sempre faz nessas situações: dirigiu-se ao leito do menino para contar histórias.
.
Começou a contar. Nenhuma reação.
.
Insistiu. Ficou parte da tarde contando histórias. Mas o menino não reagia.
.
Malheiros pensou: “Puxa, estou perdendo meu tempo aqui. Poderia estar com meus filhos, numa véspera de Natal, mas estou contando histórias para uma criança que não reage”.
.
Mas insistiu novamente, por mais um tempo. Depois foi fazer outras coisas no pavilhão e encaminhou-se para ir embora. Nesse momento, percebeu um puxão no jaleco.
.
- Tio...
.
Era ele: o menino sem rosto.
.
O desembargador ficou surpreso e perguntou o que ele tinha a dizer.
.
Até hoje ouve a resposta.
.
- Pode não parecer, mas estou sorrindo...
.
.
(texto publicado no site da Agência Repórter Social)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


Esta redação foi escrita por um candidato a uma vaga num concurso público recentemente. O tema foi a "Humanização dos Serviços Públicos de Saúde". Leiam esta primazia com bastante atenção.
.
.
.
No brasil as pessoas devem ser mais bem tratadas. Os hospitais sao tudo cheio e sem enfraestrutura. Mais tudo isso ainda é piorado por causa dos politicos que desvião verbas. No brasil a populaçao deve de lutar mais, pra poder ter mais direitos que nao sao respeitados.
.
Quando se anda nos hospitais se percebe como é tudo cheio, como não tem remedio e também mesmo como as pessoas são mau-tratadas. Todo mundo conhece gente que já foi pro hospital.
.
Essas pessoas sempre sofrerão, sempre chegarão com dor, e sempre nunca receberão um tratamento humanizado que nem a proposta do tema desta redação.
.
Devemos de ter orgulho de ter nascido no brasil, mas ao mesmo tempo tem que lutar pra ver o tão sonhado tratamento de humano, mim refiro a um tratamento humanizado.
.
Todo mundo tem um monte de idea pra ser aproveitada, dentre estas sujere que se deve de receber mais dinheiro pra trabalhar e que tenha mais dinheiro pros hospitais publicos que atualmente nos tempos de globalisação é muito pouco em todo o pais do brasil.
.
E no que se refere as esperiencias individuais de cada pessoa, elas só acordão pra realidade depois que se precisa do SUS. Aí tem vontade de se revolucionar toda a saude no pais do brasil.
.
Fica entao como conclusao a vontade de se lutar, de se ter mais justiça social no pais que todo mundo mora, que no caso especifico do momento estamos nos referindo ao pais do brasil.
.
.
.
.
.
Ele ousou postar no Orkut, lá na comunidade do concurso. Dê uma olhada. REDAÇÃO

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ode aos Ratos


Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenética proliferação
Lúbrico, libidinoso transeunte
Boca de estômago
Atrás do seu quinhão
.
Vão aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao léu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-céu
.
Rato de rua
Aborígene do lodo
Fuça gelada
Couraça de sabão
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
À chacina e à lei do cão
.
Saqueador da metrópole
Tenaz roedor
De toda esperança
Estuporador da ilusão
Ó meu semelhante
Filho de Deus, meu irmão
.
Rato Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o ratoRa-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato
by Chico Buarque e Edu Lobo

terça-feira, 4 de novembro de 2008

HUMANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE



O direito à saúde é garantia constitucional. Entretanto, além de amparo legal, o homem necessita de amparo humano nas relações em que participa. O direito regulamentado perde, em parte, sua eficácia, quando seus provedores não levam em conta o caráter subjetivo e psicológico nas várias formas de contato entre as pessoas.
.
A palavra “humanizar” remete à noção de trazer para o universo humano tudo aquilo que a ele está alheio. É necessário que se crie a visão de que o paciente se confunde com a doença e vice-versa, pois aquela está contida neste, influindo social, emocional e fisicamente. Há uma interação tanto interna como externa do indivíduo em relação à doença.
.
Dessa forma, os serviços cujos objetivos são o tratamento do doente e da doença devem levar em conta os aspectos acima mencionados, já que somente há serviço de saúde se houver pacientes, o que se desdobra na participação da influência humana em ambos os papéis desempenhados pelo indivíduo, tanto ao prestar o serviço, quanto ao utilizá-lo.
.
O serviço público deve ser prestado de forma universal, integral e digna. Esta dignidade é a fonte humanizadora na prestação do serviço. Somente através da sensibilização e internalização das noções de humanização, é que os serviços públicos serão prestados de maneira integral, pois irão além da mera análise do outro como objeto de tratamento, passando a enxergá-lo como ser pensante, sensitivo, e não apenas portador de uma enfermidade.