quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O Número 9


“Nove”, disse o professor, estudioso de línguas e historiador. “E esse número não é um acaso. O nove é um algarismo simbólico, em muitas línguas européias apresenta semelhanças com a palavra novo. Em português nove e novo. Em espanhol, nueve e nuevo. Em francês, neuf e neuve. Em inglês, nine e new. Em italiano, nove e nuovo. Em alemão neun e neu. Nove significa, por isso, a transição do velho para o novo. Foram nove os primeiros templários, os cavaleiros que fundaram a Ordem do Templo, os que estão na origem da Ordem portuguesa de Cristo. Foram nove os mestres que Salomão enviou à procura de Hiram Abbif, o arquiteto do Templo. Deméter percorreu o mundo em nove dias à procura da filha Perséfone. As nove musas nasceram de Zeus por ocasião das nove noites de amor. São precisos nove meses para o ser humano nascer. Por ser o último dos algarismos singulares, o nove anuncia em simultâneo e nessa seqüência, o fim e o princípio, o velho e o novo, a morte e o renascimento, o culminar de um ciclo e o começo de outro, o número que fecha o círculo...”
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Feliz 2000 e 9 ...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Meninas Tímidas


A timidez é algo que nunca entendi. É uma miscelânea confusa de receio, retração, acanhamento, fraqueza, debilidade, falsidade, artimanha, esperteza, meiguice, inteligência. Definitivamente é algo que me inspira contradição. Os tímidos são contraditórios por natureza, pois é da natureza do tímido ser o que não demonstra e demonstrar o que não é. Aprecio essa dualidade. Os fortes não entregam todos os seus pontos e por isso nem sempre são alvo de total confiança. Mas quando o são, são realmente venerados.
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Assim são as meninas tímidas. Cheias de encanto, mas ao mesmo tempo muita malícia, a malícia de toda mulher, de Caetano, quando de forma célebre afirma que “cada um sabe a dor e delícia de ser o que é”. A mulher, com seu sacro poder, timidamente sabe intimidar aquele que a deseja. É a doce mentira da conquista. São as faces femininas, as delícias da timidez.

domingo, 21 de dezembro de 2008

8 Dicas Para Salvar o Mundo

1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2. Atingir o ensino básico universal;
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4. Reduzir a mortalidade infantil;
5. Melhorar a saúde materna;
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
7. Garantir a sustentabilidade ambiental;
8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



Ainda não conheço o preço de ser diferente. Mas sinto que se houver cobrança, está será por parte de mim. Ou não. Sinceramente não sei. É aquela velha confusão. Aquele velho lema de procurar as coisas onde elas provavelmente não estão. Não tenho nada a esconder. Nada a declarar. No nada me perco, por nada poder fazer face o que é feito. Essa natureza heterogênea que de hétero só possui a semântica. Conceitos turvos, para visões turvas, onde a eterna procura se encontra no trauma da desorientação.
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Cada dia que se passa me mostra um indício de que eu poderia ser diferente. Vou mais longe: deveria. Mas por ironia do destino essa heterogeneidade me homogeniza a ponto de eu não saber distinguir o hétero do homo. O que seria?
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Qual será o verdadeiro preço pago por ser diferente? Qual o valor do homo quando o ônus está no diferente? O que é ser diferente? O que é esta tal diferença que divide os diferentes em classes diferentes que se confundem com os iguais?
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Como sempre, nos perdemos nos conceitos, pois conceitos são apenas conceitos. Nada mais. O que considero válidos são os princípios. Isso sim. Princípios realmente valem. Mas será o princípio o valor do homo que recai no diferente?
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Surgem três dúvidas: o que é um princípio? O que é a diferença? O que é a igualdade?
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Deixo para os meus semelhantes, que na verdade são únicos e diferentes, as possíveis definições para estes conceitos que em si sós são da mesma forma diferentes e parecidos entre si.
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É uma pena que a noção do igual gere uma relação de diferença.

domingo, 14 de dezembro de 2008


A beleza da juventude está em ser jovem enquanto for vivo. A face de uma criança nos remete àquela nostalgia doce, com sabor de liberdade, sem provas, sem dívidas, sem dores de cotovelo, sem malícia, apenas apontando o dedo para um futuro potencialmente brilhante. A vida é o que é. Mudamos, crescemos, nos moldamos e criamos em tudo aquilo que não queríamos ter criado. Dificultamos o simples, simplificamos o composto sempre com o objetivo de viver. É vivendo que se cresce, não tenho dúvidas.
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A mesma mão que redigiu este texto, na foto, aponta para o futuro.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tarado ni você
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tarado tarado tarado tarado
tarado tarado tarado ni você
tarado ni você
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ni mim
no carnaval
ni tudo
ni todo mundo nu
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(deixa eu gostar de)
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Caetano Veloso em

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


"Não sou eu quem vai ficar no porto chorando e lamentando o eterno movimento dos barcos."
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