quinta-feira, 18 de dezembro de 2008



Ainda não conheço o preço de ser diferente. Mas sinto que se houver cobrança, está será por parte de mim. Ou não. Sinceramente não sei. É aquela velha confusão. Aquele velho lema de procurar as coisas onde elas provavelmente não estão. Não tenho nada a esconder. Nada a declarar. No nada me perco, por nada poder fazer face o que é feito. Essa natureza heterogênea que de hétero só possui a semântica. Conceitos turvos, para visões turvas, onde a eterna procura se encontra no trauma da desorientação.
.
Cada dia que se passa me mostra um indício de que eu poderia ser diferente. Vou mais longe: deveria. Mas por ironia do destino essa heterogeneidade me homogeniza a ponto de eu não saber distinguir o hétero do homo. O que seria?
.
Qual será o verdadeiro preço pago por ser diferente? Qual o valor do homo quando o ônus está no diferente? O que é ser diferente? O que é esta tal diferença que divide os diferentes em classes diferentes que se confundem com os iguais?
.
Como sempre, nos perdemos nos conceitos, pois conceitos são apenas conceitos. Nada mais. O que considero válidos são os princípios. Isso sim. Princípios realmente valem. Mas será o princípio o valor do homo que recai no diferente?
.
Surgem três dúvidas: o que é um princípio? O que é a diferença? O que é a igualdade?
.
Deixo para os meus semelhantes, que na verdade são únicos e diferentes, as possíveis definições para estes conceitos que em si sós são da mesma forma diferentes e parecidos entre si.
.
É uma pena que a noção do igual gere uma relação de diferença.

Nenhum comentário: