quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Palavras por palavras são apenas palavras ditas por dizer ... verbos guiam nossas vidas. Verbos disfarçados de pessoas guiam nossas vidas. Guiam nossas vidas rumo ao nada. Rumo ao nada do que na verdade deixamo-nos levar. Deixamo-nos levar por é assim que somos. Assim, somos marionetes na roda viva da vida nova que vivemos. Vivemos porque queremos e queremos porque não nos resta outra coisa. Não nos resta outra coisa a querer, pois querer não é poder quando nada se pode. Quando nada se pode, o tudo e o nada se encontram, ratificando o caráter sem sentido do viver. Sem sentido na verdade não é o viver, é o querer. É o querer que nos move. Que nos move, move, move, para um lugar onde nada existe, senão o desejo de querer mais ainda. Mais ainda é não ter o que se quer justamente por não se poder querer tudo que se quer, pois querer muitas vezes é querer poder e nem sempre querer poder é poder querer ter poder, porque o poder é somente para os que podem querem sem saber que querem, apenas têm poder porque podem.
Falando sério ... diariamente me confronto com situações as quais me fazem refletir sobre qual o sentido real de minha trágica realidade. Se há real sentido nos esforços que tenho feito. Quem me conhece sabe que não estou perdendo minha fé na capacidade que tenho, até porque, se perco essa fé, quem a encontrará pra mim? Ninguém. Pois quando esse alguém encontrar, tomará para si próprio. Vivo tentando encontrar na leitura a razão para o verdadeiro crescimento. Letras nutrem meu organismo. Mas no mesmo momento observo em minha volta e percebo que tudo o que enxergo como verdade, na verdade não o é. Tudo para mim não é. A vida está num processo permanente de nagações e dúvidas.
À minha frente vejo um armário. Sua cor cinza semelhante ao céu que lá fora chora sua pesada chuva em meio ao mundaréu de prédios e ruas asfalatadas. Dentro da sala, aquele armário sério, quadrado,formado por duas portas retangulares e simétricas entre si, ambas rodeadas por uma cobretura preta em suas arestas e um puxador de plástico preto. Sim mas, o que tem a ver essa descrição breve de um insignificante móvel à minha frente? Eu diria que a mesma importância daquele mendigo que pede dinheiro no sinal: nenhuma! Por incrível que pareça, não observamos os acontecimentos e coisas ao nosso redor e nos prendemos à nossa insignificante pessoalidade levando o mundo a esse poço de individualismo e falsidade mútua.
Por estar no meu estressante trabalho, perdi o tesão por seguir escrevendo esse croqui ...

Um comentário:

cauLUIZ disse...

O QUE NOS MOVE NESSA VIDA É O TESÃO....E ESSE, A GENTE NÃO PODE PERDER JAMAIS. JAMAIS PERCA TAMBÉM SUA FÉ. FÉ, AQUILO QUE NOS FAZ LEVANTAR TODO DIA E IR LUTAR. LUTAR PARA QUE OS SONHOS SE REALIZEM. REALIZAR É VERBO. VERBO É AÇÃO, QUE RIMA COM CORAÇÃO. E É EM MEU CORAÇÃO QUE VOCÊ SEMPRE ESTARÁ.